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Dados pessoais viram trunfo para combate à pandemia

Via Semanário OKBR

A corrida por dados mais precisos sobre o avanço da pandemia deixa cidadãos vulneráveis a empresas e governos dispostos a desenvolver tecnologias invasivas de coleta de dados pessoais. O Brasil já registra ao menos duas iniciativas governamentais: em Recife, a prefeitura anunciou que deve monitorar cerca de 700 mil celulares; já no Rio de Janeiro, o município firmou parceria com a TIM para elaborar mapas de calor sobre movimentações de pessoas em regiões com casos de Covid-19.

Tecnologias desse tipo têm surgido em todo o globo: em Israel, berço de diversas tecnologias de rastreamento, um aplicativo de celular informa se o usuário esteve próximo a alguma região com registros de contágio nos últimos 14 dias. Nos últimos dias, o Facebook anunciou que deve fornecer dados de geolocalização para pesquisas sobre a probabilidade de usuários de regiões diferentes entrarem em contato, oferecendo uma vantagem em relação aos conjuntos de dados de transporte tradicionais. Especialistas e organizações criticam medidas desse tipo por afetar de forma desproporcional o direito à privacidade, sem que haja comprovação de que esse tipo de análise seja efetiva ou sem as salvaguardas necessárias.

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